Vejo-me caminhando no caminho da inconstância, gosto de ser como aquele vagabundo que tanto imagino, até o acho parecido comigo. Sem algemas para me arrastar, sem roupa às riscas, serei talvez a liberdade oculta em mim nesta prisao infinita do meu Eu. Sombras que se reflectem nas paredes desta cela, sombras que vejo saindo de mim, eu que sou uma dessas sombras e muitas vezes nao me encontro quando olho... ¿Raios partam as sombras?...Divago sobre as minhas leituras de matiné, encontro-me perdido na minha imaginaçao, sinto a ficçao muito proxima da realidade. Deixo-me levar pela irresponsabilidade, que contudo, ainda está bem presente dentro de mim e por causa disso sinto-me mais feliz do que nunca, porque esta fera fictícia liberta-me do que é real... ¡Bolas!¿Como sei que nao é solidao?

