Monday, January 29, 2007

Vejo-me caminhando no caminho da inconstância, gosto de ser como aquele vagabundo que tanto imagino, até o acho parecido comigo. Sem algemas para me arrastar, sem roupa às riscas, serei talvez a liberdade oculta em mim nesta prisao infinita do meu Eu. Sombras que se reflectem nas paredes desta cela, sombras que vejo saindo de mim, eu que sou uma dessas sombras e muitas vezes nao me encontro quando olho... ¿Raios partam as sombras?...
Divago sobre as minhas leituras de matiné, encontro-me perdido na minha imaginaçao, sinto a ficçao muito proxima da realidade. Deixo-me levar pela irresponsabilidade, que contudo, ainda está bem presente dentro de mim e por causa disso sinto-me mais feliz do que nunca, porque esta fera fictícia liberta-me do que é real... ¡Bolas!¿Como sei que nao é solidao?
E deixo-me levar por este navio. Muitas vezes gosto de largar o leme, deitar-me no convés ao sol, e, na calmaria deste espelho azul claro, durmir um bom bocado, deixando que as brisas frescas de mar, me ditem onde devo estar quando acordar. E este caminho de todas as direcçoes leva-me para a direcçao que me compete seguir. Sim, porque o destino apesar de nao estar definido, segue sempre para o rumo que devo tomar, porque sem rumo nao teria razao de viver, e sem razao de viver, seria mais um morto-vivo na sociedade...¿E sem amor próprio nao seria exactamente a mesma coisa?...

3 comments:

VCP said...

No fim de tudo, tudo se equilibra. Navegar sem rumo é o nosso rumo.
De resto, basta-nos aproveitar o momento sorrindo.

Dunguinha said...

Mas nao podes estar sempre deitado... A espera que tudo aconteca... Vendo o rumo a ser tracado.. Por vezes, tens que agarrar o leme do navio e dirigi-lo em direccao ao rumo que queres... :p

Ana Rita said...

"Às vezes sabe tão bem deixar que conduzam o barco por nós"... mas sabe sempre muito melhor quando somos nós que fazemos as coisas acontecer... depois eu é q sou a preguiçosa... eheheh