Troca-se um olhar de quimera e eis que surge porém, a vontade aguda de viver um outro dia com alguém que traz ondas de esperança a esta praia que é minha. Olho o mar... Na linha distante daquilo que traça o limite, procuro o que quero, encontro o que procuro e acabo por o perder, para querer (no fundo) descobrir que procuro em vão, algo que disforme se assemelha ao tudo que já foi meu e ao nada que nunca foi. Fará sentido que a procura seja perseverante, e, nessa linha tão remota, encontre forças na derrota, bajulando-me de insensatez, às fraquezas da minha vida...
Tudo não passa de uma tarde de outono, em que nós - árvores de folha caduca - libertamos o verão numa aguarela de tons tristes, simplesmente porque a vida é assim, porque temos necessidade de mudar, porque não faria sentido viver de uma outra forma, mesmo que de tão áspero sentimento as nossas folhas fossem sempre as mesmas, seríamos não nós, mas alguém que se assemelha aos outros, aqueles que não têm culpa...
2 comments:
Meu amor, não tenho palavras...adorei o texto de cima abaixo, letra a letra, pedaço a pedaço.
Um beijo enorme cheio de saudades da Fifinha
Não tentes nunca encontrar substitutos para o que viveste ou vais ficar permanentemente desiludido. Cada pessoa é um mundo, cada momento uma descoberta. Aproveita...
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