Thursday, May 04, 2006

Quando penso em alguém, só penso em ti
Não por saudade,
Mas sim necessidade
Da tua chama dentro de mim.
Sem fracassos orientados pelo sal,
Das lágrimas que deturpam a sensatez
Sou sensato e não te quero mal, vivo preso ao surreal
Que me abstrai da lucidez.
Por isso não me entrego ao desejo
Não tenho forças para mais do que vejo
Com os olhos não com a razão, nem tão pouco o coração
Apagado num beijo.
Quando alguém surge só te vejo a ti
Não serve a mais ninguém este espaço que é teu
No traço da minha aguarela, tenho o sapato da cinderela
No fundo deste baú…
E num ápice compreendo que sem ti sou mais de mim
E contigo ao meu lado também sou assim
Gosto de viver, de amar, de conhecer,
Novas formas de estar, novos rumos e lugares
Para desvendar e viver.
Mas tu és o sol sobre a lua, que sou eu
Dois pontos importantes, mas distantes
Sozinhos no limite temporal,
Que define a nossa história e lhe dá a moral,
Pois sem ti não vivo e contigo preciso
De ter espaço para aceitar,
O rumo triste de nós os dois, que se perdeu no final
De uma história de amor…

2 comments:

Anonymous said...

Há espaços em branco nesta folha que terrivelmente se rasga. Linhas toscas ao longo do papel, mal desenhadas, inacabadas. Podem apagar-se, mas ficarão as marcas duras e perenes e as lacunas por colmatar. Cada vez que pensas em alguém...encontras a folha...

Anonymous said...

Pudesse eu tocar a lua e mostrar-lhe que cada pequena estrela é um sol, se nos aproximarmos o suficiente...