Wednesday, June 14, 2006



O TEU ROSTO

Olho e revejo o teu rosto, que me apraz
A vida num preâmbulo de querer viver
E num segundo a vida que ficou para trás
Fica presente num indefinido temporal
Nos teus olhos revejo a chama do amor
Nos teus lábios bebo da minha sede de dor
Sem conforto inerente a quem eu sou
Fico assim…
Escutando o jeito que bate dentro de mim
Procurando razão para o sentido de ser teu
Sem saber que sem sofrer posso ser feliz

(Sem o teu colo durmo no breu
Sem te sentir sou um animal
Que vira latas na rua,
e mata a fome crua
Com carcaças do lixo e deambula,
Pelo caminho da solidão
Tenho o teu rosto no coração)

1 comment:

joaninha said...

...e nos teus lábios bebo da minha sede de dor... maravilhoso!
Gostei de te ler. Tens poesia muito sentida, parabens.
voltarei.