Tuesday, June 06, 2006















ONDE ESTAMOS AGORA?

Todas as miragens ao longe, se apagam de perto
Quanto o desespero se consome na quietude do deserto
A distância transfigura o que passa ao lado da solidão
Sem saber qual o rumo a seguir, qual o cais para partir
Onde estamos agora?
Pelos labirintos de franjas que seguimos
Chega o presente numa cordilheira de abismos
Na força que impulsiona e detém o que nós somos
Encontra-se sempre uma margem para saltar, ou um ramo para agarrar
Onde estamos agora?
E sempre tudo o que está longe é visto mais aquém
Quando nos confortamos no vazio e não vemos ninguém
Solta-se um grito que ecoa na margem temporal
Sente-se o dia a nascer, temos sempre uma margem para viver
Onde estamos agora?

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