Deambular, num acto contínuo... Procurando a razão das coisas que se escondem nos prâmbulos da vida, nas esquinas das ruas que se descobrem, no rosto das pessoas de quem gostamos, dentro de nós...
Thursday, June 22, 2006
Se a vida trouxesse no leito de quem se deita
O jeito e o peito de quem se ama
E no regaço perdido de algo que já não tem razão
Nasce a paz de viver em céu aberto, vivendo em solidão
Gritanto por algo que não pode ouvir, que corre a fugir
Arranca-se do nada e acaba-se no mesmo local
Comendo o fel que cheira mal
E fede tudo em redor.
Guarda-se a vida numa garrafa e deita-se ao mar
Esperando o desespero de alguém a encontrar
Ou de continuar a boiar, nesse mar perdido
Em que as existências não passam do mesmo sitio
Nem as circustâncias que nos deixam presos neste local
Têm o sabor dessas lágrimas de sal
Choradas pela fixação de ter de seguir sem nada
E fazer-se de novo ao mar, continuamente sem parar
Descobrir o mundo a navegar
Porque se está dentro de uma garrafa
Nesta aventura solitária…
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