Thursday, June 22, 2006
















Quando o medo nos consome
Matando o sono e a lucidez
Surge o gelo correndo nas veias
Não respondendo aos porquês
Tudo não passa de um mito
Um papão que nos assombra
Os fantasmas do passado
Voltaram de novo à ronda
Mas o que aprendi neste tempo?
A ser forte e lutar sozinho?
A criar o meu destino?
A viver cada momento?
Não. Tudo é fruto do que somos
É intrínseco a cada um de nós
Há que ser fraco e ser forte
Há que ter azar e ter sorte
E apenas escutar a voz
Esta cá dentro todos a temos
Alguns chamam-lhe a voz da razão
Eu prefiro chamar-lhe o nome
Que por vezes se cala e dorme
O coração…

1 comment:

Anyone said...

Chora-se devagar sobre o leito ensanguentado,
Escarafuncha-se no peito magoado,
Brada-se pela paz.
Mas sabe-se sempre que ao fechar uma porta uma janela se irá abrir,
Os fantasmas voam,
As mãos tocam-se,
O arrepio faz-nos estremecer.
A dor amorna.
Bebe-se de um novo sorriso,
Reconstrói-se de novo o coração.
Só ele grita,
Só ele se torna tão urgente e inadiável,
Só nós nos tornamos tão dele.