Deambular, num acto contínuo... Procurando a razão das coisas que se escondem nos prâmbulos da vida, nas esquinas das ruas que se descobrem, no rosto das pessoas de quem gostamos, dentro de nós...
Thursday, May 04, 2006
OS TEUS SEIOS
Com a noite surge algo de novo
Nem sempre tenho sono e durmo
No espaço rejeitado da vida,
sonho contigo despida
E no teu corpo me consumo!
Nem toda a tua altivez
Esconde o pouco de timidez
Que o teu corpo ainda tem
Nos contornos desse peito,
encontro sempre o meu leito
Com a certeza porém
De me afogar na tristeza
Iludido pela beleza
De um olhar inseguro!
Deixando para trás o cansaço
Durmo no teu regaço
E vejo-me ao espelho
Observando a amargura
Que reflecte o teu receio!
E embora um pouco baço
Surge então esse traço
Da perfeição dos teus seios.
Volto a despertar
Iludido pelo olhar
E pelos meus devaneios
Gostava de não acordar
Podendo apreciar
Eternamente o que vejo
E embebedar-me no desejo
Desse teu peito invulgar…
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1 comment:
Apetece como um barco
Tem qualquer coisa de gomo
Meu Deus quando é que eu embarco
Oh sorte quando é que eu como
Fernando Pessoa
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